Punk Marketing, contraria tudo aquilo que é convencional e tradicional, chocando os consumidores pela positiva, provocando controvérsia e ao mesmo tempo divertimento entre os consumidores. Cada vez mais, e principalmente as novas gerações “fogem” quando se apercebem que estão a ser alvo de publicidade tradicional., e assim a mensagem não consegue atingir o seu alvo.
A internet globalizou o mundo e permitiu o acesso imediato e livre a todo o género de informação, inclusive permite e estimula a avaliação e troca de opiniões sobre produtos e preços, dotando os consumidores de poder contra o das próprias marcas.
Segundo os autores do livro Punk Marketing – Junta-te À Revolução, esta mudança do poder para os consumidores é uma verdadeira revolução.

E tal como o movimento "
punk", que foi simbolizado pelo aparecimento de um género de música totalmente diferente e provocou uma viragem nesta indústria no final dos anos 70. Esta geração recorda com toda a certeza os Sex Pistols!
Tal como na música a indústria do marketing também precisa de uma volta a 360º comparado com o tradicional e convencional.
Ainda segundo
Richard Laermer e
Mark Simmons, Punk Marketing é uma maneira diferente de se fazerem as coisas. É uma filosofia que rejeita tudo o que está estabelecido e tido como verdade, e que parte de um novo princípio que agora é o consumidor que manda e não as marcas.
Como fazer diferente?
· Arriscar para evitar “morrer” (um passo à direita)
· Desafiar constantemente as regras (desligar do pré-estabelecido)
· Não é possível agradar a todos (avançar de imediato, existem maiorias)
· Não ceder aos clientes (desafiar o status quo)
· Evitar ser controlador (ouvir e inovar)
· Nunca perder a honestidade (fugir do fracasso)
· Crie inimigos (a concorrência é salutar)
· Deixar que os consumidores descubram a sua qualidade (take your time)
· Pensar à frente dos rivais (lanterna que vai á frente ilumina duas vezes mais)
· Não se deixar iludir pela tecnologia (nem sempre)
· Manter fiel às suas vantagens competitivas (não abandonar a qualidade)
· Comunicar com simplicidade (discurso que todos entendam)
· Apostar na qualidade em detrimento da quantidade (menos e melhor)
· Usar novas ferramentas de marketing (Blogs, MySpace, You Tube, FaceBook ou Second Life)
· Interrogue-se constantemente (porquê eu, o que faço melhor, o que os clientes necessitam, porque gostam mais da minha marca, como posso exceder expectativas, como me diferenciar)
A multinacional Converse Shoes teve uma ideia genial para vender os velhinhos ténis All-Star. Desafiou os consumidores a produzirem pequenos filmes que celebrassem o espírito da marca. Os filmes premiados foram transmitidos na televisão e cada vencedor ganhou 10.000 dólares. A Converse ganhou muito mais: teve um aumento de vendas de 12 por cento.
http://www.youtube.com/watch?v=o4tktDxotcM
Richard Branson será um Punk Marketer?
"Não se pode ficar fechado no fato e gravata à espera que o negócio tenha sucesso por si". Os erros são património de experiência. Os "fracassos" dão lugar a negócios mais rentáveis. E as gravatas não rimam com mangas arregaçadas. O problema é que muitas empresas e gestores se levam demasiado a sério. Richard Branson faz questão de fugir à regra. Fonte: Jornal de Negócios
Esta técnica assenta que nem uma luva a este empresário nascido em 1950 em UK. Constantemente desafia tudo o que são as regras, e apresenta-se ao mundo nas mais diversas formas de comunicação "punk". Arrisca, desafia as regras, não agrada a todos, fiel às suas vantagens competitivas, inovador e constantemente usa novas ferramentas de marketing!
10 Segredos:
1 Desafie os grandes (Virgin vs Brithis Airways)
2 Seja diferente (Branson nunca se sentiu confortável com o rótulo de «capitalista hippie». Mais correctamente, ele é contra o mundo empresarial. Não tem tempo para os que se escondem por detrás dos fatos e das gravatas e para os formados pelas escolas de gestão que pensam que gerir um negócio se trata apenas de números)
3 Regateie, tudo é negociável (A maioria das pessoas prefere mesmo negociar através dos advogados do que cara a cara como Branson)
4 Divirta-se a trabalhar (Criar uma cultura organizacional excitante é a melhor forma de recrutar e reter grandes talentos e não ter de lhes pagar fortunas.)
5 Faça o certo pela sua marca (Muitas pessoas temiam que a diversificação afectasse a marca Virgin. Mas não. Uma sondagem recente revela que 96% dos consumidores britânicos já ouviram falar da marca e 96% sabem quem é o seu fundador. A imagem que têm da Virgin é a de uma marca com qualidade, a preço acessível e que acompanha a moda.)
6 Sorria para as câmaras (A McDonald’s tem o palhaço Ronald McDonald, a Disney tem o Rato Mickey e a Virgin tem Richard Brason. Sempre que o presidente aparece numa revista ou num jornal, está a promover a Virgin)
7 Não lidere ovelhas (Muito antes da delegação de poder entrar na moda, nos anos 80, Branson já dava espaço de manobra aos seus colaboradores, atribuindo-lhes um elevado sentido de responsabilidade e fazendo-os corresponder à confiança neles depositada)
8 Mexa-se como uma bala ( Virgin Atlantic Airways nasceu apenas cinco meses após a ideia surgir)
9 Afinal o tamanho interessa (Enquanto o mundo organizacional é obcecado pelo tamanho das empresas, Branson prefere manter a sua pequena)
10 Seja uma pessoa comum (As pessoas que queiram seguir os passos de Branson terão de dominar esta arte antes de todas as outras: a de saber lidar com as pessoas de todos os níveis da vida)
Fonte: Business the Richard Branson Way — 10 Secrets of the World’s Greatest Brand-builder
Vantagens: Atrai com facilidade pela forma irreverente gerando muito buzz. É uma técnica "cool" que através das constantes interrogações mantém os consumidores atentos. Baixo custos.
Desvantagens: Campanhas muito direccionadas, e caso não sejam bem dirigidas ao seu público alvo podem trazer maus resultados a médio prazo.