PUNK MARKETING

MARKETING DE GUERRILHA

sábado, 29 de novembro de 2008

MARKETING SENSORIAL

O aroma de laranja atrai o consumidor.

O Sense Branding ou Marketing Sensorial tem como base uma nova experiência de gestão estratégica baseada na criação de plataformas multisensoriais (visão, tacto, olfacto, paladar e audição), que permitam intensificar a relação emocional entre o consumidor e a marca, no fundo isto é estimular o consumidor.

A atmosfera, o cheiro, o som, de entre outros factores mercadológicos que podem passar despercebidos, influenciam a sua decisão de compra. O produto por si só não garante a venda – preço, atendimento, promoção, localização, imagem da empresa e variedade de produtos influenciam diferentemente os consumidores no comportamento de compra.

Além desses factores que já conhecemos, é bom lembrar que toda a compra é uma experiência completa, inclusivé, sensorial! Cheiro, música e cor ajudam a definir quanto tempo o cliente ficará na loja e até o tamanho da compra.

O Tivoli Hotel & Resorts adoptou um programa de branding sensorial no âmbito da recente mudança de identidade. A primeira aplicação teve lugar no dia da inauguração do Tivoli Lisboa, após o processo de remodelação ocorrido. Este projecto numa primeira fase, focará as dimensões olfactiva, auditiva e gustativa.A expressão auditiva, denominada Take Me There e adaptada a cada unidade, cria novas memórias e tem a capacidade de transportar os clientes para outro lugar, mais emocional e envolvente, terá uma aplicação transversal na comunicação institucional e comercial, nomeadamente no site, no call center, filmes e apresentações institucionais. Para o olfacto foi criada a fragrância Soulmi que quer reflectir a essência das experiências vividas em cada hotel, tanto em Portugal como no Brasil. A fragância Soulmi tem na composição a baunilha, a laranja algarvia, a tangerina brasileira e a hortelã-pimenta.

Fonte: Meios & Publicidade


O Branding Experience é também considerado como parte do Marketing Sensorial. Branding significa dotar produtos e serviços com o poder de uma marca.

É uma estraté gia que tem por base proporcionar experiências da marca ao consumidor.
Não podemos confundir imagem de marca com experiência de marca, são duas coisas totalmente diferentes. A imagem de marca consegue-se através da comunicação, como a publicidade, os eventos e até os patrocínios. Por outro lado, conseguir uma experiência positiva de marca, é necessário perceber e entender como satisfazer efectivamente os consumidores e transformar isso em pontos de contacto (touch points) que o consumidor tem com a marca.
Por exemplo um estabelecimento que tem um ambiente muito bom, uma imagem bem conseguida, mas com um mau atendimento, é um caso clássico onde existe um “gap” entre a imagem de marca e a experiência do consumidor. Estas experiências devem ser alargadas, passam também pelos sites institucionais das empresas, locais onde naturalmente os consumidores se manifestam com experiências pessoais com base em cenários propostos pela marca.

Para formar um produto com uma marca, é necessário ensinar os consumidores "quem" é o produto, baptizando-o e utilizando outros elementos de marca que ajudem a identificá-lo, bem como a "que" ele se presta e "porque" se deve o consumidor interessar por ele. Fonte: Philip Kotler & Kevin L Keller
Vantagens:
Fidelização do consumidor a longo prazo
Identificação da marca personalizada
Desperta sentimentos fortes na mente do consumidor

Desvantagens:
Investimentos elevados na aplicação destas técnicas








domingo, 9 de novembro de 2008

MARKETING DE GUERRILHA

Por princípio, as estratégias de Marketing de Guerrilha são utilizadas por pequenas empresas com o objectivo de combater grandes concorrentes ou simplesmente de sobreviverem.

O Marketing de Guerrilha agita os consumidores e os meios de comunicação até ao ponto em que falar sobre o seu produto ou a sua empresa se torna divertido, fascinante e digno de notícia.
Esta técnica é pouco convencional e tem base em técnicas de Buzz Marketing e Marketing Viral como comentarei mais adiante. Fonte: Jornal de Negócios - August Rocafort - Idea y Creatión Editorial


Essencialmente o Marketing de Guerrilha assenta em dois pilares:

1 Não promover a campanha nos canais de comunicação tradicionais
2 A atenção da utilização de poucos recursos (tempo, dinheiro)

Inicialmente este conceito era aplicado por empresas de pequena dimensão que não tinham o budget dos líderes de mercado do seu ramo de negócio. No entanto o Marketing de Guerrilha tem sido acrescentado ao Marketing Mix de empresas líderes de mercado que não têm problemas de budget e vêem na ideia uma forma de aumentar a sua notoriedade.
A sociedade actual tem um número cada vez maior de pessoas que reconhece as técnicas do Marketing tradicional e procura fugir delas.

A revista Forbes publicou
um artigo (em inglês) no qual tece 10 óptimas tácticas de Marketing de Guerrilha.
Aqui fica como exemplo uma campanha recente de Marketing de Guerrilha.
Trata-se da promoção do novo
Nokia N95. Site oficial da campanha: http://www.jealouscomputers.com/

O Marketing de Guerrilha, como descrito por Jay Conrad Levison no seu popular livro Guerrilla Marketing de 1982, utiliza-se de formas não convencionais para executar actividades de marketing com orçamentos “apertados”.
Fonte: Wikipédia

Existem várias formas de Marketing de Guerrilha:

O Marketing Viral que tem um conceito idêntico ao Buzz e que é rapidamente distribuido pela internet e chegando assim rapidamente a milhões de individuos.

Este exemplo que se segue é bem a prova como funciona!

Nothing to Hide... Que conceito forte!

Imagine que a CEO da empresa Joanna Gardiner, Presidente da Ovelle Pharmaceutical ficou nua num comercial, junto com toda a sua equipe. O objectivo foi de mostrar ao público que os produtos não possuem substâncias químicas e que por isso a empresa não tem nada a esconder. Com toda essa polêmica, isso gerou o marketing viral que foi se espalhando e mais de 400 mil pessoas já assisitiram ao filme comercial no you tube. Para ver o vídeo entre no hot site que foi desenvolvido para o lançamento dessa linha - Elave, cremes e loções. http://www.nothing-to-hide.co.uk/

7 técnicas Marketing viral:

1 Assinaturas de e-mail automáticas
2 Dar para vender. Colocar oferta amostra, experiência por 30 dias, um mini curso, a ideia é que esta acção sirva para espalhar o endereço e trazer assim mais visitantes.
3 Webcards
4 Ezine, informativos na forma de e-mail que se enviam de tempos a tempos, se gostou reenvie a um amigo
5 Mensagens instantâneas, tipo ICQ, obriga a efectuar download do programa
6 Script que permite o envio do site a um amigo
7 Sites com banners apontados ao seu endereço

Fonte: Renato Fridschtein http://www.meio.ws/artigos/exibe.asp?na=18


O Marketing de Rumor é mais uma forma de fazer Marketing de Guerrilha e tem como base o marketing viral, que faz passar uma mensagem forte com o consumidor com uma troca de informação, em vez de uma preparada acção de marketing.


Estava-se no Outono e, os índios de uma reserva americana perguntaram ao novo chefe se o Inverno iria ser muito rigoroso ou se, pelo contrário, poderia ser mais suave. Tratando-se de um Chefe Índio mas da era moderna, ele não conseguia interpretar os sinais que lhe permitissem prever o tempo, no entanto, para não correr muitos riscos, foi dizendo que sim senhor, deveriam estar preparados e cortar a lenha suficiente para aguentar um Inverno frio.
Mas como também era um líder prático e preocupado, alguns dias depois teve uma ideia. Dirigiu-se à cabina telefónica pública, ligou para o Serviço Meteorológico Nacional e perguntou: 'O próximo Inverno vai ser frio?'-“Parece que na realidade este Inverno vai ser mesmo frio” respondeu o meteorologista de serviço.O Chefe voltou para o seu povo e mandou que cortassem mais lenha. Uma semana mais tarde, voltou a falar para o Serviço Meteorológico: 'Vai ser um Inverno muito frio?' ' Sim, responderam novamente do outro lado, “O Inverno vai ser mesmo muito frio”.
Mais uma vez o Chefe voltou para o seu povo e mandou que apanhassem toda a lenha que pudessem sem desperdiçar sequer as pequenas cavacas. Duas semanasmais tarde voltou a falar para o Serviço Meteorológico Nacional: “Vocês têm a certeza que este Inverno vai ser mesmo muito frio?' ' Absolutamente respondeu o homem “Vai ser um dos Invernos mais frios de sempre”. ”Como podem ter tanto a certeza?'” perguntou o Chefe. O meteorologista respondeu: - “Os Índios estão a aprovisionar lenha que nem doidos”.



Vantagens:
Derrotar um concorrente lider com investimento reduzido

Desvantagens:
Descobrir novo nicho de mercado com o risco de ser derrotado depois pelo lider concorrente

MARKETING DIGITAL

Quando se fala em Marketing Digital ou Webmarketing, estamos a referir um vasto conjunto de canais como:
Internet, E-mail; Telemóvel; Jogos Computador; Equipamentos Interactivos;
e técnicas como:

SEO; Campanhas por E-mail; Sondagens e avaliações on-line;
para comunicação electrónica utilizados na promoção de produtos e serviços de uma determinada marca.

Esta integração de várias técnicas apresenta uma nova forma de comunicação com grande interesse para divulgar e promover, produtos e serviços.
A utilização da Internet como forma de chegar até aos consumidores vem a aumentar, constituindo uma ferramenta inovadora também para as acções de marketing, com a vantagem garantida de comunicação em massa.
É um meio de comunicação bastante interactivo e proporciona um bom relacionamento entre fornecedor e cliente.

“É uma estratégia moderna para concretizar acções de marketing em que público alvo é desafiado a interagir com a marca, o produto ou o serviço.
Estas acções de comunicação recorrem à utilização de tecnologias bidireccionais, como a internet e os telemóveis, através das quais as empresas podem promover os seus produtos, conquistar novos clientes ou criar uma relação de comunicação com o seu público alvo”. Fonte: What’s On

Por exemplo, hoje já é possível aderir ao cartão Pousadas Clube enviando um simples SMS. Isto significa que já não é necessário preencher formulários e esperar semanas para receber o tão esperado cartão.

Através do Marketing Digital é possível enviar um SMS e receber segundos depois o novo número de cartão e uma palavra pass de acesso ao site.

As marcas utilizam um sms para anunciar uma determinada promoção junto do seu público alvo, por exemplo através da sua base de dados em que constam os clientes com cartão.

Vantagens: A rapidez de acesso e divulgação em massa; Custos das campanhas é mais baixo comparando com o marketing tradicional; A agilidade e dinamismo das campanhas reduzindo consideravelmente o tempo gasto para veiculação das informações.

Desvantagens: A abrangência é mais limitada devido ao foco e segmento do alvo; É mais difícil atingir um leque abrangente de potenciais clientes; Dependente do canal e técnica utilizada pode ter um custo elevado.

MARKETING TRIBAL

A estratégia usada no marketing tribal tem como base a constituição de grupos com interesses comuns e em dar a esses grupos produtos que vão ao encontro das suas necessidades e desejos.

Desde há muito tempo que se sabe que o marketing WOM (Word Of Mouth), ou seja a passagem de algum tipo de informação de pessoa para pessoa, normalmente pertencente a um grupo de relacionamento, funciona. Fonte: slingshot.online.pt

No marketing tribal, existe uma "tribo", ou seja grupo de pessoas que partilham características semelhantes ou algum tipo de interesse semelhante, a quem é apresentado um produto (que se sabe à partida que irá satisfazer os seus interesses) e espalhar as vantagens desse mesmo produto.

Algumas marcas usam este tipo de estratégia "tribal", através da criação de comunidades (tribos) de consumidores.

Como exemplo disso a Sumol, que criou o grupo dos sumólicos, unidos pelo sabor.


O iPhone 3G chegou ao mercado e passadas 72 horas desde o seu lançamento já tinham sido vendidos mais de um milhão do novo dispositivo da Apple.
Se pensarmos que a primeira geração de iPhone precisou, não de 72 horas mas sim de 74 dias para alcançar este número, poderemos afirmar que o mercado já se rendeu ao telemóvel da Apple? E, se sim, qual a razão?
Pela elevada qualidade técnica do iPhone, ou por uma muito bem montada campanha de marketing?
A herança tecnológica da Apple e uma visão de futuro transformaram o iPhone em algo mais que um simples telefone, uma vez que agrega em si funcionalidades de um iPod, de um dispositivo para aceder à Internet e, claro, permite também realizar chamadas. É um aparelho onde entretenimento, portabilidade, acessibilidade e capacidade de armazenamento de informação formam um todo. Esta diferenciação permite à Apple posicionar o iPhone como um produto versátil, conveniente e com valor acrescentado, quer para uso pessoal, quer para uso profissional.
E o estatuto da Apple, marca de culto em todo o mundo, permite que os seus lançamentos sejam aguardados com maior expectativa por "tribos" de fás da marca. São esses consumidores que garantem também à Apple o sucesso da sua comunicação, muito baseada em campanhas de marketing viral e do boca-a-boca.

A verdade é que o lançamento do iPhone tornou-se já num caso de estudo a nível internacional. Alguns especialistas garantem que o telemóvel da Apple está já a revolucionar o mercado das telecomunicações e que as grandes marcas de renome do sector, como a Nokia, Motorola, Sansung, entre muitas outras, devem preparar-se para a feroz concorrência da marca norte-americana, outros acham que o salto tecnológico não é assim tão grande e estamos perante uma das melhores e maiores campanhas de marketing de sempre.
Fonte: imagensdemarca

Vantagens:
Relação de proximidade com a sua tribo
Ciclos de consumo em que o preço é secundário
Provoca Buzz

Desvantagens:
Desperta comunidades anti marca
Necessita constante inovação para não saturar consumidor
Direccionado para certos nichos, pouca aceitação por outros segmentos

MARKETING NO PONTO DE VENDA

É uma técnica de marketing muito utilizada desde a última década. Desenvolve-se o mais possível próximo dos consumidores, nos locais de venda, interagindo com os potenciais consumidores de forma a influenciar o consumo imediato de um determinado produto ou marca.

Nos últimos anos observamos esta técnica, principalmente nos centros comerciais, no interior e exterior das lojas, com promotoras simpáticas tentando chamar a atenção para um determinado produto ou marca. Nas grandes superfícies em que somos convidados para um momento de degustação, ou simplesmente numa área comercial em que nos oferecem uma amostra de um determinado produto, por exemplo de um perfume.

A ideia de que o melhor local para influenciar a decisão de compra dos consumidores seria nas próprias superfícies de consumo foi alimentada durante anos pelos resultados do estudo - Consumer Buying - realizado em 1995 pela POPAI – The Global Association For Marketing At Retail, que referia que “70 por cento das decisões de compra são feitas no interior da loja”.

Fonte: Meios & Publicidade, Outubro 2008

Esta percentagem de decisão dos consumidores pode variar de acordo com os canais de distribuição, os produtos, as marcas, o país e o perfil dos consumidores.

É curioso e todos nós certamente já sentimos isso, por vezes mudamos de opinião já no interior da loja, assim como também acontece algumas vezes comprar aquilo que não tínhamos sequer pensado.

Uma das acções mais comuns entre outras utilizadas nos pontos de venda, é o Sampling, que consiste na oferta de amostras no ponto de venda. Esta técnica é muito eficaz e muito utilizada por exemplo pelas perfumarias, oferecem aos clientes pequenas amostras de perfumes, que após um período experimental, normalmente levam esse mesmos clientes à compra.

Focalizar no pensamento do consumidor, e na conversão do cliente que passeia no shopping em comprador, também é designado por Shopper Marketing. Em Portugal temos bem exemplo disso na área dos telemóveis, e nas acções levadas a efeito nos centros comerciais.

“Quando a Way desenvolveu o Nokia ao Vivo no Arrábida Shopping e no Centro Comercial Colombo, as lojas foram visitadas em média por cinco mil visitantes no espaço de três dias, o que “significou um aumento de tráfego qualificado superior a 300 por cento”, diz Bruno Costa. Para este resultado contribuiu a transfiguração da loja, com a implementação de quatro zonas de experimentação”.

Fonte: Meios & Publicidade, Outubro 2008

Vantagens: Experimentação dos produtos, de promoções com hospedeiras ou de publicidade com grande destaque, que sobrepõe uma marca em detrimento de outras.
Desvantagens: Dificuldade em avaliar o retorno de resultados em comparação com outras técnicas convencionais, investimentos elevados, as regras da utilização dos espaços impostas pelas superfícies comerciais muito restritas.

domingo, 2 de novembro de 2008

MARKETING RELACIONAL

O termo Marketing Relacional foi utilizado pela primeira vez na literatura de marketing de serviços em 1983, por Leonard Berry.

O marketing relacional refere-se a todas as actividades de marketing orientadas para estabelecer, desenvolver e manter relações eficientes (Morgan e Hunt, 1994).

O marketing relacional fundamenta-se na ideia de que colaborar com o cliente, sobre uma base de uma confiança mútua, facilita o desenvolvimento de relações a longo-prazo. Para isso, é necessário que as organizações conheçam os seus clientes e procurem contactos directos com eles.
Fonte: Joaquim Antunesd e Paulo Rita - O marketing relacional e a fidelização de clientes – Estudo aplicadoao termalismo português

O Relacionamento com os clientes é cada vez mais, FUNDAMENTAL!
O Marketing Relacional assenta numa estratégia de contacto e relacionamento muito forte com o cliente, com o objectivo de conseguir relações a longo prazo, a que também podemos designar por Fidelização de Clientes.

No tempo dos nossos avós, os clientes eram tratados de uma forma natural one-to-one, eram conhecidos pelo seu nome, pelas suas preferências e a sua morada era também conhecida, este registo estava mentalmente em posse dos donos das lojas. Da mesma forma os clientes eram classificados, e divididos pelas suas preferências e necessidades.

Eu era pequeno, estou a tentar situar-me nos anos 70, e a minha avó era proprietária de uma loja, eu acompanhava muitas vezes o negócio pela força das circunstâncias!
Recordo perfeitamente quando a ajudava, depois de concluir os TPC, que os clientes eram diferentes, que havia mais que uma qualidade de arroz, e que a minha avó sabia antecipadamente como que por um acto de magia, qual a preferência de cada um!

Após a Revolução Industrial e devido ao aparecimento do mercado de massas, este conceito one-to-one, foi esquecido. A atenção deixa de ser no cliente individual, para passar às quotas de mercado. Foi assim que se desenvolveu o Marketing de Massas, os clientes eram conhecidos num todo, com os mesmos gostos e preferências.
Hoje os consumidores são muito mais exigentes, e graças á tecnologia digital é possível enfrentar o mercado de uma maneira diferente. As empresas para conseguir sobreviver tiveram que encontrar novas formas para cativar e reter clientes.

O Marketing Directo foi o primeiro a identificar os clientes, a segmentar comportamentos distintos e a tratar estes segmentos de uma forma bastante dirigida.

O Marketing Relacional dos dias de hoje é nada mais nada menos, que a evolução natural de tudo isto. É também apelidado de diversas formas como o Permission Marketing, One-to-One, etc, no entanto todas significam o mesmo - construção e desenvolvimento de relações entre a Marca e os seus Clientes.

“Para conhecer o cliente, a empresa tem de comunicar de uma forma eficaz e consequente. Subjacente a este processo de comunicação está a metodologia IDIC (de Don Peppers e Martha Rogers) que corresponde à implementação de um modelo de Marketing One-to-one, que se resume às seguintes etapas:

1º Identificar os clientes
2º Diferenciá-los
3º Interagir com eles
4º Customizar produtos e serviços

Uma empresa one-to-one focaliza o seu modelo de negócio no cliente e nas relações que com ele vai estabelecendo ao longo do tempo. Esta noção cruza-se depois com sistemas e filosofias de gestão mais abrangentes, como o CRM - Customer Relationship Marketing, tão aplicado, hoje em dia.

Fonte: One-to-One - HAVAS Media

Como principal desvantagem do Marketing Relacional, temos os custos associados ao desenvolvimento de sistemas de gestão de bases de dados.


PUNK MARKETING

Punk Marketing, contraria tudo aquilo que é convencional e tradicional, chocando os consumidores pela positiva, provocando controvérsia e ao mesmo tempo divertimento entre os consumidores. Cada vez mais, e principalmente as novas gerações “fogem” quando se apercebem que estão a ser alvo de publicidade tradicional., e assim a mensagem não consegue atingir o seu alvo.

A internet globalizou o mundo e permitiu o acesso imediato e livre a todo o género de informação, inclusive permite e estimula a avaliação e troca de opiniões sobre produtos e preços, dotando os consumidores de poder contra o das próprias marcas.

Segundo os autores do livro Punk Marketing – Junta-te À Revolução, esta mudança do poder para os consumidores é uma verdadeira revolução.




E tal como o movimento "punk", que foi simbolizado pelo aparecimento de um género de música totalmente diferente e provocou uma viragem nesta indústria no final dos anos 70. Esta geração recorda com toda a certeza os Sex Pistols!

Tal como na música a indústria do marketing também precisa de uma volta a 360º comparado com o tradicional e convencional.



Ainda segundo Richard Laermer e Mark Simmons, Punk Marketing é uma maneira diferente de se fazerem as coisas. É uma filosofia que rejeita tudo o que está estabelecido e tido como verdade, e que parte de um novo princípio que agora é o consumidor que manda e não as marcas.

Como fazer diferente?

· Arriscar para evitar “morrer” (um passo à direita)
· Desafiar constantemente as regras (desligar do pré-estabelecido)
· Não é possível agradar a todos (avançar de imediato, existem maiorias)
· Não ceder aos clientes (desafiar o status quo)
· Evitar ser controlador (ouvir e inovar)
· Nunca perder a honestidade (fugir do fracasso)
· Crie inimigos (a concorrência é salutar)
· Deixar que os consumidores descubram a sua qualidade (take your time)
· Pensar à frente dos rivais (lanterna que vai á frente ilumina duas vezes mais)
· Não se deixar iludir pela tecnologia (nem sempre)
· Manter fiel às suas vantagens competitivas (não abandonar a qualidade)
· Comunicar com simplicidade (discurso que todos entendam)
· Apostar na qualidade em detrimento da quantidade (menos e melhor)
· Usar novas ferramentas de marketing (Blogs, MySpace, You Tube, FaceBook ou Second Life)
· Interrogue-se constantemente (porquê eu, o que faço melhor, o que os clientes necessitam, porque gostam mais da minha marca, como posso exceder expectativas, como me diferenciar)


A multinacional Converse Shoes teve uma ideia genial para vender os velhinhos ténis All-Star. Desafiou os consumidores a produzirem pequenos filmes que celebrassem o espírito da marca. Os filmes premiados foram transmitidos na televisão e cada vencedor ganhou 10.000 dólares. A Converse ganhou muito mais: teve um aumento de vendas de 12 por cento.


http://www.youtube.com/watch?v=o4tktDxotcM


Richard Branson será um Punk Marketer?


"Não se pode ficar fechado no fato e gravata à espera que o negócio tenha sucesso por si". Os erros são património de experiência. Os "fracassos" dão lugar a negócios mais rentáveis. E as gravatas não rimam com mangas arregaçadas. O problema é que muitas empresas e gestores se levam demasiado a sério. Richard Branson faz questão de fugir à regra. Fonte: Jornal de Negócios


Esta técnica assenta que nem uma luva a este empresário nascido em 1950 em UK. Constantemente desafia tudo o que são as regras, e apresenta-se ao mundo nas mais diversas formas de comunicação "punk". Arrisca, desafia as regras, não agrada a todos, fiel às suas vantagens competitivas, inovador e constantemente usa novas ferramentas de marketing!

10 Segredos:

1 Desafie os grandes (Virgin vs Brithis Airways)

2 Seja diferente (Branson nunca se sentiu confortável com o rótulo de «capitalista hippie». Mais correctamente, ele é contra o mundo empresarial. Não tem tempo para os que se escondem por detrás dos fatos e das gravatas e para os formados pelas escolas de gestão que pensam que gerir um negócio se trata apenas de números)

3 Regateie, tudo é negociável (A maioria das pessoas prefere mesmo negociar através dos advogados do que cara a cara como Branson)

4 Divirta-se a trabalhar (Criar uma cultura organizacional excitante é a melhor forma de recrutar e reter grandes talentos e não ter de lhes pagar fortunas.)

5 Faça o certo pela sua marca (Muitas pessoas temiam que a diversificação afectasse a marca Virgin. Mas não. Uma sondagem recente revela que 96% dos consumidores britânicos já ouviram falar da marca e 96% sabem quem é o seu fundador. A imagem que têm da Virgin é a de uma marca com qualidade, a preço acessível e que acompanha a moda.)

6 Sorria para as câmaras (A McDonald’s tem o palhaço Ronald McDonald, a Disney tem o Rato Mickey e a Virgin tem Richard Brason. Sempre que o presidente aparece numa revista ou num jornal, está a promover a Virgin)

7 Não lidere ovelhas (Muito antes da delegação de poder entrar na moda, nos anos 80, Branson já dava espaço de manobra aos seus colaboradores, atribuindo-lhes um elevado sentido de responsabilidade e fazendo-os corresponder à confiança neles depositada)

8 Mexa-se como uma bala ( Virgin Atlantic Airways nasceu apenas cinco meses após a ideia surgir)

9 Afinal o tamanho interessa (Enquanto o mundo organizacional é obcecado pelo tamanho das empresas, Branson prefere manter a sua pequena)

10 Seja uma pessoa comum (As pessoas que queiram seguir os passos de Branson terão de dominar esta arte antes de todas as outras: a de saber lidar com as pessoas de todos os níveis da vida)

Fonte: Business the Richard Branson Way — 10 Secrets of the World’s Greatest Brand-builder


Vantagens:

Atrai com facilidade pela forma irreverente gerando muito buzz.
É uma técnica "cool" que através das constantes interrogações mantém os consumidores atentos.
Baixo custos.

Desvantagens:


Campanhas muito direccionadas, e caso não sejam bem dirigidas ao seu público alvo podem trazer maus resultados a médio prazo.